quarta-feira, 6 de junho de 2012

Linda a Velha nos anos de 1960



A primeira referência ao actual lugar de Linda-a-Velha surge no século XIII, no reinado de D. Afonso III, relativamente ao local onde existia uma herdade de nome “Ninha Ribamar” (actual Quinta dos Aciprestes), mais tarde, no século XVI, denominada “Ninha Velha”, “Linha Velha” ou “Linda Velha”, designações que, na opinião de diversos autores, estão na origem do topónimo Linda-a-Velha que surge pela primeira vez em documentos do século XIX. Diferente origem é explicada pela lenda que conta a história de amor protagonizada por uma bela donzela que se fez velha, mas sempre linda, à espera do amado perdido na guerra.
Sede de freguesia desde 1993, é, de facto, uma povoação muito antiga, com cerca de 750 anos, localizada num lugar alto, com vista de grande amplitude. Inicialmente constituída por algumas quintas e casais que abasteciam a capital de produtos hortícolas, fruta, animais de criação e caça.

Toda essa história é um pouco bizarra e nem sequer condiz na sua essência cronológica, já que Linda-a-Velha só começa a ser chamada como tal em pleno seculo XIX... Antes, e de tempos imemoráveis, as aldeias junto a S. Romão de Carnaxide, chamavam-se Ninha a Velha e Ninha a Pastora. "Ninha" em português antigo significa menina, o mesmo significado da palavra "niña" em espanhol. No seculo XIX houve corrupção do nome e passaram a chamar-lhes Linda (em vez de menina)

A primeira referencia que se conhece do local onde é actualmente Linda a Velha é sobre a “Herdade da Ninha de Ribamar” e é referida numa carta de concessão emitida no Reinado de D. Afonso III, no século XIII, ano de 1254.

No Reinado de D. Dinis esta Herdade foi doada a um dos seus servidores como prémio pelos serviços prestados.
Nos séculos XVII e XVIII começou a ser designada de Casal Grande e Quinta do Casal Grande de Ninha Velha, sendo esta última designação que está nas origens do topónimo de Linda-a-Velha, surgindo, pela primeira vez, em documentos do século XIX.

No ano de 1750 foi esta Herdade doada a Alexandre de Gusmão, Secretário Particular do Rei D. João V, que ali construiu um Solar. Tendo morrido no ano de 1753, supõe-se que nem sequer chegou a habitá-lo. Assim, e por heranças a Quinta acabou nas mãos dos Viscondes de Rio Seco.

Em pleno século XX, na década de sessenta, foi adquirido pelo Professor Dr. Mário Júlio da Cunha Gonçalves, que fez uma restauração profunda, mantendo, contudo, grande parte dos alicerces e a lindíssima Capela em Honra de Nossa Senhora do Rosário, que conserva ainda o majestoso altar de madeira policromada da segunda metade do século XVIII. Este é o actual Palácio dos Aciprestes, ex-libris de Linda a Velha, ou de Ninha de Ribamar...

Linda a Velha cumpre, actualmente, as funções de todos os arredores da capital é um dormitório densamente povoado. É mesmo o lugar mais populoso do concelho, com uma população residente de cerca de 25000 pessoas (10 615 Hab/km2) que se distribui por diversos bairros em que predomina largamente a habitação plurifamiliar de qualidade média e elevada. Os bairros degradados que alojaram por quase duas décadas os habitantes provenientes dos países africanos de língua portuguesa foram extintos e as populações realojadas noutras freguesias do concelho.    

Nos anos 60 Linda a Velha teve uma explosão de crescimento nascendo a TOFA á entrada de Linda a Velha, a nova escola e todo o bairro de vivendas envolvente, feito á antiga, com os necessários, mercado e correios aqui deixamos um registo fotográfico dessa altura em Linda a Velha



Fábrica de TOFA 1960

Fábrica de TOFA 1960


1962 Linda-a-Velha Avenida Dom Vasco da Gama

1962 Linda-a-Velha Coreto na rua Tomás Ribeiro

1962 Linda-a-Velha Escola Primária na rua Doutor Oliveira Salazar

1962 Linda-a-Velha Escola Primária na rua Joana Pedroso Simões Alves

1962 Linda-a-Velha Igreja de Linda-a-Velha, fachada principal

1962 Linda-a-Velha Jardim João de Saldanha O. E. Sousa, Conde de Rio Maior, presidente da Câmara Municipal de Oeiras em 1954

1962 Linda-a-Velha Lápide que se encontra no jardim João de Saldanha O. E. Sousa, Conde de Rio Maior, presidente da Câmara Municipal de Oeiras em 1954

1962 Linda-a-Velha Moradias na rua Luis de Camões

1962 Linda-a-Velha Rua Fontes Pereira de Melo, junto à travessa do Faia

1962 Linda-a-Velha Rua José Frederico Ulrich

1962 Linda-a-Velha Rua Luis de Camões

1962 Linda-a-Velha Rua do Brasil 

1962 Linda-a-Velha Rua do Brasil


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